“...Sabe-se que qualquer corte dói muito mais no frio, por isso, evite partir seu coração no inverno, ainda não inventaram manteiga de cacau para coração partido...”
O inverno chegou e com ele as carências ficam mais evidentes. Não falo somente da carência material que é alvo das campanhas do agasalho, típicas nessa época. Falo também da carência afetiva.
No verão é muito mais fácil estar sozinho, o clima quente favorece a independência afetiva, os programas de solteiros. Com o frio as pessoas ficam carentes. Carentes de uma companhia para assistir filme enrolado nas cobertas, carentes de tomar vinho acompanhado, carentes de um jantar a luz de velas, carentes de um bom fondue, carentes de dormir de conchinha, carentes enfim de calor humano.
Ai é que está o perigo, hora de ligar o alerta! A carência cega, emburrece e atrapalha a intuição. O que normalmente poderia ser percebido, não o é. Nessa hora podem se cometer os maiores erros... Perde-se o senso e a confusão entra. Confunde-se amor com paixão, carinho com tesão e assim por diante...
A compreensão é deixada de lado e fica difícil entender que não se doa amor como agasalhos, que não se encontra amor em bazar por preços módicos, nem em liquidação de inverno e muito menos em brechós... Portanto ter cautela é uma boa pedida em qualquer estação do ano, principalmente no inverno.
Sabe-se que qualquer corte dói muito mais no frio, por isso, evite partir seu coração no inverno, ainda não inventaram manteiga de cacau para coração partido.
Evite a carência se amando, aproveitando mais a sua família, amigos... Enfim vivendo. Nunca coloque a responsabilidade da sua felicidade e nem a solução de seus problemas no outro... As pessoas não se completam e sim se somam.
Bibiana Zaparolli