Ainda não me acustumei com a idéia de amar sem ver...
 Sem sentir...
 Amar quem não está mais aqui...
 Boa parte de meu tempo é tomado por lembranças...
 Lembro, relembro, daquele que partiu...
 Daquele que amei e mesmo com seu desaparecimento ainda amo...
 Daquele que não pude me despedir...
 
 Não vejo, não sinto...
 Meus pobres e únicos sentidos me impedem de chegar a ele...
 Minha freguência está muito abaixo da dele...
 Meu corpo impede a evolução do meu espirito...
 Os muitos "eus" que me habitam me cegam...
 São soniferos que me impedem de despertar para o mundo em que hoje ele que se foi habita...
Bibiana Zaparolli
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